quarta-feira, 21 de julho de 2010

CULPA

CULPA

- Está relacionada com praticamente todos os problemas psicológicos.
- Presente em homossexuais, casamento, alcoólatras, sofredores, meia-idade, etc.

Há dois tipos: culpa objetiva e culpa subjetiva
Culpa Objetiva: existe separada de sentimentos. A culpa é real, mesmo que o indivíduo não se sinta culpado.
Quatro tipos de culpa objetiva:
1) Legal - violação das leis jurídicas - ex: avançar um sinal ou roubar.
2) Social - violação das leis sociais – surge quando quebramos uma lei não-escrita - ex: grosseria, fofoca, etc.
3) Pessoal - violação de padrões pessoais próprios(consciência) – ex: prometer que vai dar mais atenção a sua família e falha nisso.
4) Culpa teológica - violação das leis de Deus - ex: você promete a si mesmo não mais cair em determinado pecado, mas não resiste a tentação.
Culpa Subjetiva: sentimento desconfortável de pesar, remorso, vergonha e auto condenação, quando sentimos que fizemos algo errado. Gera desânimo, ansiedade, medo de castigo e desolação, tudo junto.
A culpa subjetiva pode ser boa: quando nos estimulam a mudar o comportamento
A culpa subjetiva pode ser destrutiva: quando nos torna estagnados, congelados e derrotados.
Há pessoas que cometem crimes ediondos e sentem pouca culpa
Há pessoas que cometem um pequeno erro e sentem-se extremamente culpadas
A bíblia e a culpa
- Na bíblia a culpa é sempre objetiva e teológica.
- Não há diferença entre culpa e pecado.
II Coríntios 7:7-11
O objetivo do conselheiro é conscientizar a culpa objetiva teológica sem permitir que se crie um ambiente de culpa falsa. Deve-se gerar a tristeza construtiva, que é a tristeza segundo a vontade de Deus.
Tristeza construtiva (de Deus): leva a modificação de conduta, com restituição
Tristeza do mundo: leva a um sentimento de culpa sem restituição
Ex: Alguém derrama café acidentalmente na roupa do irmão:
Tristeza do mundo: desculpe. Sou desajeitado mesmo. Que pena!
Tristeza construtiva (de Deus): Sinto muito, tome esse guardanapo para limpar sua roupa e deixe-me ficar responsável por lavra sua roupa.
Perdão divino:
- Acompanhado de duas exigências:
1) Arrependimento.
2) Perdoar os outros.


Resultado

Culpa psicológica falsa
a) Mudança externa (nas motivações inade¬quadas)
b) Estagnação devida ao efeito paralisaníe da culpa
c) Mais rebelião

Tristeza construtiva
Arrependimento e mudança baseados numa atitude de amor e respeito mútuos

O papel do conselheiro é confrontar o aconselhado, conscientizando-o da culpa objetiva (real) ajudando-o, como também livrá-lo da culpa subjetiva (falsa), ajudando-o.

Causas da Culpa
1) Aprendizado Passado.
- Padrões muito altos estipulados pelos Pais.
- Só críticas sem elogios.
- a criança é culpada condenada e castigada com tanta freqüência, que se sente um constante fracasso.
- acontece muito em “berço evangélico” , quando se tenta educar alguém para ser perfeito, sem pecados.
- quando crescem, as crianças adotam os padrões dos pais, estabelecendo para si e para os outros, padrões
altos demais para serem alcançados. Após os fracassos vem o sentimento de culpa. Então começam um processo de auto-tortura como punição por não terem alcançado tais padrões. Trabalham desesperadamente, não se permitem lazer e felicidade, etc.
Um líder deve estabelecer padrões dentro dos limites de cada um, não exigindo perfeição das pessoas.

2)Inferioridade e pressão social.
Toda inferioridade se manifesta em um sentimento de culpa.
Na vida rotineira somos continuamente saturados por esta atmosfera insalubre de crí¬ticas mútuas, a ponto de nem sempre tomarmos consciencia dela e nos acharmos envolvidos, sem perceber, num círculo vicioso implacável: cada censura provoca um sentimento de culpa tanto em quem faz a crítiea quanto no criticado, e cada um se alivia de sua culpa da maneira que pode, seja adiando outros ou se autojustificando... A sugestão social é então a fonte de incontáveis sentimentos de culpa.

3) Desenvolvimento falho da consciência.
- Que a sua consciência seja seu guia.
O problema é que a consciência varia muito de pessoa para pessoa - Romanos 2:11-23.
- Deus nos deu uma consciência saudável. Mas com a prática do pecado, podemos ter a consciência cauterizada, gerando insensibilidade e fraquezas. Então passamos a ir pela “cabeça” de outros que podem nos enfraquecer ou nos fortalecer, Depende de quem estará nos conscientizando ou aconselhando.
- Novamente, a forma como fomos educados por nossos pais fará a diferença. Não esqueça que no futuro, o adulto irá definir seus próprios conceitos do que é certo ou errado. Um lar onde a crítica e a cobrança predominam irá gerar adultos escravos da perfeição. Por outro lado, se houver um ambiente de amor e perdão, o futuro adulto terá um referencial para se espelhar e praticar.

4) Influências sobrenaturais.
Antes da queda, Adão e Eva não tinham nem consciência nem culpa. A partir da queda, sentimentos de culpa objetiva e subjetiva entraram em seus corações.
Há uma diferença entre a conscientização que vem do Espírito Santo e a acusação que vem do diabo.
Enquanto o Espírito Santo nos enquadra e ajuda gerando uma tristeza construtiva, o diabo gera uma crise de consciência, impedindo que percebamos o perdão e a misericórdia de Deus, tentando estabelecer uma tristeza que vem do mundo.

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