segunda-feira, 28 de junho de 2010

LOBOS E OVELHAS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

O xamanismo é um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva) e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, metamorfose e contato direto entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos, etc.

A palavra xamã vem do russo, tungue saman corresponde à práticas dos povos não budistas das regiões asiáticas e árticas especialmente a Sibéria (região centro norte da Ásia). Apesar, como assinala Mircea Eliade da especificidade dessas práticas na região (em especial as técnicas do êxtase dos tungues, Iacutes, mongóis, turco-tártaros etc.), não existe, contudo origem histórica ou geográfica para o xamanismo como conhecido hoje, tampouco algum princípio unificador. Outros nomes para sua tradução seriam feiticeiros, médico-feiticeiros, magos, curandeiros e pajés.

Antropólogos discutem ainda na definição xamanismo a experiência biopsicossocial do transe e êxtase religioso bem como as implicações sociais da definição do xamanismo como fato social, uma tradição equivalente à magia enquanto prática individualizada relacionada aos problemas e técnicas e ciência da sobrevivência cotidiana (agricultura, caça, medicina, etc.) ou ao fenômeno religioso, abstrato, coletivo, normatizador. (Dukheim, Mauss)

Xamã

O sacerdote do xamanismo é o xamã, que geralmente entra em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes incomuns, invocando espíritos, plantas etc., através de objetos rituais, do próprio corpo ou do corpo de assistentes e pacientes. A comunicação com estes aspectos sutis da vida pode se processar através de estados alterados de consciência. Estados esses alcançados através de batidas de tambor, danças e até ervas enteógenas.

As variações "culturais" são muitas mas, em geral, o xamã pode ser homem ou mulher, e muitas vezes há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um chamado, uma vocação. Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o descontrole.

O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica.

De acordo com Eliade, entre os manchus e os tungues da Manchúria a tradição dos dons xamânicos costuma ser feita de avô para neto, pois o filho ocupa-se em prover as necessidades do pai, isso no caso dos amba saman (xamãs do clã). Os xamãs independentes seguem a sua própria vocação. O reconhecimento como xamã só pode ser feito pela comunidade inteira depois de uma prova iniciática. Ainda segundo esse autor das referências a distúrbios psicológicos (especialmente no processo de formação) o ideal iacuto de um xamã é: um homem sério, que sabe convencer os que estão à sua volta, não presunçoso nem colérico. Entre os kazak-quirguizes o baqça, guardião das tradições religiosas é também cantor, poeta, músico, adivinho, sacerdote e médico.

Talvez pela experiência do sofrimento antes da iniciação ou experiência de possessão o xamã é confundido com indivíduos portadores de distúrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lévi-Strauss citando os estudos de Nadel e de Mauss na introdução à obra de Marcel Mauss afirma que …existe uma relação entre os distúrbios patológicos e as condutas xamanísticas, mas que consiste menos numa assimilação das segundas aos primeiros do que na necessidade de definir os distúrbios patológicos em função das condutas xamanísticas… afirma ainda, baseado em estudos comparativos, que a freqüência das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regiões sem xamanismo e que xamanismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposições psicopáticas: explorando-as por um lado, mas, por outro canalizando-as e estabilizando-as

O xamanismo é constante em diversas manifestações indígenas brasileiras. A palavra "pajé", de origem Tupi, se popularizou na literatura de língua portuguesa em referência ao xamã. Seu estudo, descrições de caso e comparação, tem sido recomendado para facilitar a implementação de práticas de assistência à saúde culturalmente adequadas no Brasil a cerca de 4.000 índios pertencentes a 210 povos sob a responsabilidade da FUNASA - Fundação Nacional de Saúde desde agosto de 1999

Xamanismo ou Pajelança – Comunicação com os encantados e entidades ancestrais através de cânticos, danças assim como nos índios Guarani Kaiová e utilização de instrumentos musicais (maracá, zunidores) para captura e afastamento de espíritos malignos tipo mamaés, anhangás, utilização do jejum, restrições dietéticas, reclusão do doente, além de uma série de práticas terapêuticas que incluem: o uso do tabaco (o pajé fuma grandes cachimbos) e outras plantas psicoativas, aplicação de calor e defumação, massagens, fricções, extração da doença por sucção/ vômito, escarificação no tórax e locais inflamados com bico, dentes de animais ou fragmentos de cristais

No Brasil rural e urbano, apesar da tradição multi-étnica dos ameríndios, observa-se a presença dessas práticas médicas-religiosas em comunhão com rituais católicos e espiritualistas de origem africana. Esse xamanismo é conhecido em algumas regiões como pajelança cabocla, culto aos encantados, toré, catimbó, candomblé de caboclo, em rituais de umbanda, culto a Jurema sagrada.

Atualmente no Brasil existem várias vertentes de neo-xamanismo ou xamanismo urbano, entre estas linhas diversos grupos se reúnem para estudar e trocar conhecimentos sobre o tema.
33- Amor

Físico : Prazer expressado na energia sexual - tocando - comendo - amando - cheirando - ouvindo - observando - orgasmo . Expressando-se corporalmente, algo se move na gente. Para se ter mais prazer com o mundo, com outras pessoa e com a gente mesmo.

Mental : Buscar cura real de problemas emocionais, para se comunicar melhor, para aceitar a sí mesmo e aos outros. Buscar aprender a se dar. Honestidade, estima, entendimento.

Emocional : Buscar encontrar devocão, ternura, compaixão, encanto, alegria, êxtase, paixão. Aprende-se sobre a criação, harmonia, níveis profundos.

Espiritual : Verdadeiro sentido da devoção, da transcendência, amor incondicional, aceitação, abnegação, préstimo. Ter a verdadeira dedicação para servir a Todas As Nossas Relações.

Pode-se experimentar profunda conexão com o Criador e sua Criação.









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Frequentemente retratado pelos seres humanos como um solitário, está bem longe disso. O Lobo é um animal comunitário e com uma família amorosa, que frequentemente coloca o bem estar da matilha acima do seu próprio.

Os lobos se acasalam para a vida inteira e são companheiros e pais generosos e amorosos.

Os povos nativos respeitam o Lobo devido aos seus cuidados com o bando, seu amor à família, seus instintos protetores e por sua discriminação em caçar os animais fracos ou doentes de uma manada.

O Lobo em algumas tribos era considerado o " Totem Guardião " e um símbolo da perseverança.

O Lobo pode nos ensinar sobre compaixão e lealdade à família, amigos e crianças. É um animal bom para se trabalhar com ele, especialmente se não lhe foi ensinada a confiança, afinidade e Amor em sua família de origem. Se você vem de um lar abusivo e não funcional, o Lobo pode ensiná-lo a trocar seus padrões dolorosos e negativos adquiridos na infância, por qualidades que podem ajudá-lo a se tornar um adulto amoroso.

Trabalhar com o Lobo pode ajudar a aprender a respeito de amor saudável, perdão, intimidade, confiança, relacionamentos, comunidade, desprendimento e generosidade.


PRESTEM ATENÇÃO:

O LOBO É COMUNITARIO

O LOBO TEM UMA FAMÍLIA AMOROSA

O LOBO COLOCA O BEM ESTAR DA FAMÍLIA ACIMA DO SEU PRÓPRIO

O LOBO CAÇA SOMENTE ANIMAIS FRACOS E DOENTES (OVELHAS INSATISFEITAS?)

O LOBO "ENSINA" SOBRE:": COMPAIXÃO, AMIZADE E RELACIONAMENTO COM CRIANÇAS


ESSA É DEMAIS: QUANDO O LOBO NÃO RECEBEU CONFIANÇA, AMOR E AFINIDADE NA FAMÍLIA DE ORIGEM, TORNA-SE UM "COMPANHEIRO MELHOR"

O LOBO PODE AJUDAR PESSOAS QUE TIVERAM UM LAR DESEQUILIBRADO O RESPEITO, AMOR PERDÃO SAUDÁVEL, INTIMIDADE, CONFIANÇA, DESPRENDIMENTO E GENEROSIDADE.


As informações acima apontam para a incrível semelhança entre o amor de Deus e o amor de um lobo. Será que nós temos tanto discernimento assim para separar uma coisa da outra? Será que já recebemos amor de um lobo achando que era de Deus? Em que podemos nos apegar para estarmos seguros que estamos recebendo amor de Deus e não de um lobo?


A resposta está na Palavra de Deus


“Eis que vos envio como ovelhas entre lobos, sêde prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.”
(Mt 10: 16)

Achei intrigante por além de Deus requerer que sejamos como ovelhas, requer que sejamos ovelhas no meio de lobos. Qual a diferença entre lobo e ovelha para que eu possa me identificar? Pensando nisso encontrei três diferenças.
Primeiramente tanto lobos como ovelhas vivem em sociedade, contudo a sociedade dos lobos é caótica, vivem em rivalidade e só vivem juntos por necessidade, enquanto a sociedade das ovelhas é pacífica e uma ajuda a outra, as mais velhas ensinando as mais jovens a perceber o perigo.
Outra distinção é o interesse, enquanto as ovelhas procuram vegetais, os lobos gostam de carne e sangue. As ovelhas não tem prazer e nem pensam no mal dos outros, já para os lobos a morte de um lobo é sinônimo de comida.
A maior distinção entre lobos e ovelhas é a existência do pastor. Os lobos não possuem pastor, eles tem que aprender sozinhos as manhas da sobrevivência, já as ovelhas possuem um pastor que é capaz de morrer pelas suas ovelhas.
Distinguir a diferença entre lobos e ovelhas é perceber como realmente estamos em locais selvagens, onde necessitamos da manha dos lobos para sobreviver. Impressionante como estamos cercados por lobos que só estam perto de você por benefício próprio, sem nenhuma consideração, onde às vezes se você se der mal pode ser vantajoso. É perceptível o sofrimento da vida solitária de um lobo dentro de uma alcatéia. Mesmo no meio de um grupo é cada um por si...
Somos lobos quando vemos o mundo na ótica do lobo, quando aprendemos as manhas de sobrevivência por ter a certeza que ninguém é por nós, que temos que nos virar para viver. A ovelha deixa de ser ovelha quando ela passa a ser carnívora, para ser carnívora ela terá que ter todo o aparato de lobo. Para sermos ovelhas no meio de lobo é necessário termos um foco diferente dos lobos, temos que ter perceber o mundo na ótica de ovelha. Vejo muitos cristãos que possuem a mesma visão de mundo de um não-cristão e que por isso tem um trato social igual ou pior do que um não-cristão.
Onde foram as ovelhas do Senhor? Nas igrejas vejo é muito lobo disfarçado de ovelhas, por não considerar uns aos outros, pelo contrário é ‘cobra comendo cobra’. Por querer o melhor para si, por pensar só em si.
Percebo que o Senhor nos envia como ovelhas no meio de lobos porque enquanto Ele, o Bom Pastor, estiver junto com suas ovelhas nenhum lobo poderá nos fazer mal. Essa é a grande diferença, não preciso pensar muito em mim, não preciso ter manhas de sobrevivência, não preciso ser maior que ninguém, e nem em querer ter maior vantagem, pois temos um pastor e nada nos faltará.
Muito interessante é que o Salmos mais conhecido é o23: “O Senhor é o meu pastor: nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.”(Sl 23: 1-3) Repilo a idéia de alguns que interpretam “...nada me faltará..” para incluir malefícios; os malefícios vêm quando inventamos de dar uma de lobo, ou quando pelo menos trocamos nossa ótica de ovelha pela ótica do lobo. A ótica da ovelha só vê verde, só vê esperança, enquanto a ótica do lobo só vê sangue e morte.... (Por Ferreira Junior)


Queridos!

O que faz a diferença entre lobos e ovelhas é a presença do Pastor.



Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso. Pois ele faz a ferida, e ele mesmo a liga; ele fere, e as suas mãos curam. (Jó 5:17-18).


Eu tenho o privilégio de já ter sido ferido por Deus e Vc?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

AMIZADE VERDADEIRA

Amizades são uma parte importante da nossa vida. Desde a criação do primeiro casal, Deus mostrou a necessidade do companheirismo na vida humana. Em famílias, igrejas e comunidades criamos laços de amizade. Precisamos compartilhar a vida com outras pessoas.

Na Bíblia, Deus nos orienta sobre amizades. Ele fala do valor dos bons amigos e adverte-nos sobre os perigos dos companheiros errados. Ele oferece instrução e apresenta exemplos que nos ensinam. Estas orientações valem para os jovens que ainda estão escolhendo o seu rumo, e também ajudam os adultos no seu caminho pela vida.

Instruções sobre amizades

As Escrituras nos orientam sobre a escolha e o tratamento dos nossos amigos. Amigos têm muita influência em nossas vidas: "O justo serve de guia para o seu companheiro, mas o caminho dos perversos os faz errar" (Provérbios 12:26). Por este motivo, a escolha de companheiros é um assunto de grande importância: "Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau" (Provérbios 13:20). No final de contas, nossas escolhas não envolvem apenas pessoas, mas decidem a nossa direção na vida e na eternidade. Tiago frisou bem este fato quando perguntou: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4). O mesmo livro fala de um homem de grande fé que rejeitou os caminhos errados de outros homens e mostrou a sua lealdade ao Senhor. O resultado desta escolha de Abraão? "Foi chamado amigo de Deus" (Tiago 2:23). Devemos escolher bons amigos que nos ajudarão, especialmente em termos espirituais.

É fácil escolher mal. Muitas pessoas que não amam a Deus e não respeitam a palavra dele nos oferecem a sua amizade. Às vezes, podemos influenciar tais pessoas pela nossa fé e o exemplo de uma vida reta. O próprio Jesus fez questão de ter contato com pecadores, oferecendo-lhes a palavra eterna da salvação (Lucas 15:1; Mateus 9:10-13). O perigo vem quando não confessamos a nossa fé no meio de uma geração perversa (Marcos 8:38). Ao invés de conduzir outros a Cristo, deixamos as más influências nos corromperem.

Algumas pessoas querem nos induzir a pecar contra Deus. "Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos, encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte entre nós; teremos uma só bolsa. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue" (Provérbios 1:10-16). Infelizmente, observamos a mesma tragédia espiritual na vida de muitas pessoas hoje. Quantos jovens são induzidos a usar drogas, ou até de se tornar traficantes, pela influência de "amigos"? Quantos se integram a gangues e acabam cometendo vários tipos de crime?

Algumas amizades precisam ser totalmente evitadas:"Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Salmo 1:1). Quando outros querem nos conduzir ao erro, precisamos sair correndo: "Foge da presença do homem insensato, porque nele não divisarás lábios de conhecimento. A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora. Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade" (Provérbios 14:7-9).

Alguns dos amigos mais perigosos são aqueles que sempre concordam conosco, apoiando-nos mesmo nas coisas erradas. "Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato" (Eclesiastes 7:5). O amigo verdadeiro nos corrige, e a pessoa sábia procura ter amigos com coragem e convicção para a repreender quando for necessário. Por outro lado, o insensato evita pessoas que corrigem e criticam, procurando aprovação acima de sabedoria. "O escarnecedor não ama àquele que o repreende, nem se chegará para os sábios... O coração sábio procura o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia" (Provérbios 15:12,14). Ninguém gosta de ser corrigido, mas todos nós precisamos de amigos que nos amam tanto que mostram os nossos erros: "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Provérbios 27:5-6).

Paulo mostrou aos coríntios que, mesmo entre pessoas religiosas, é necessário evitar influências negativas: "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1 Coríntios 15:33). No caso dos coríntios, alguns irmãos estavam espalhando doutrinas falsas, negando a ressurreição dos mortos. O fato de alguém participar de uma igreja ou se dizer cristão não é garantia de uma amizade saudável e edificante. Alguns aproveitam a amizade para induzir outros a aceitar doutrinas e religiões falsas. Moisés avisou sobre parentes e amigos que incentivam os servos de Deus a servir outros deuses e mandou que não concordassem, nem ouvissem, nem olhassem com piedade para aqueles falsos professores (Deuteronômio 13:6-8). Temos que julgar a árvore pelos frutos (Mateus 7:15-20), retendo o que é bom e nos abstendo de toda forma de mal (1 Tessalonicenses 5:21-22).

Uma vez que escolhemos bons amigos, devemos ser bons amigos! As Escrituras nos aconselham sobre as responsabilidades de companheiros fiéis. Amigos contam com a presença uns dos outros: "Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe" (Provérbios 27:10). "O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos" (Provérbios 15:30). Por outro lado, não devemos abusar da amizade, causando aborrecimentos: "Não sejas freqüente na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti e te aborreça" (Provérbios 25:17). Não devemos abandonar nem trair os nossos amigos (Provérbios 27:10). Amigos verdadeiros não são interesseiros, mas aqueles companheiros fiéis que ficam nos bons tempos e nos maus: "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Provérbios 17:17). A amizade verdadeira traz benefícios mútuos: "Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo" (Provérbios 27:17).

As orientações bíblicas são valiosas para nos guiar em fazer e manter boas amizades.

Exemplos de amizades boas e más

Deus nos ensina, também, por exemplos. Três gerações da mesma família servem como exemplos de amizades boas e más. Considere estes casos:

Davi e Jônatas. Talvez a mais conhecida amizade na história seja a de Davi com Jônatas, filho do rei Saul. O ciumento rei tentou matar o jovem Davi, escolhido por Deus como seu sucessor. Pelo mesmo motivo, Jônatas poderia ter olhado para Davi com inveja ou ódio. Se Deus não tivesse nomeado Davi, o próprio Jônatas seria rei depois da morte de Saul. Mas Jônatas não mostrou tais atitudes. Ele manteve uma amizade especial com Davi durante toda a sua vida. Quando Saul tentou matar Davi, foi Jônatas quem protegeu o seu amigo (1 Samuel 20). Davi lamentou amargamente a morte deste amigo excepcional (2 Samuel 1:17-27). Mesmo depois da morte de Jônatas, Davi mostrou bondade para com seu filho aleijado, Mefibosete (2 Samuel 9).

Amnon e Jonadabe. Amnon, um dos filhos de Davi, não escolheu seus amigos como o fez o seu pai. Ao invés de cultivar amizades boas e saudáveis, ele escolheu como companheiro seu primo Jonadabe (2 Samuel 13:3). Quando Amnon falou com este amigo sobre os seus desejos errados pela própria irmã, Jonadabe teve uma oportunidade excelente para corrigir e ajudar o seu primo. Infelizmente, ele fez ao contrário. Ele "ajudou" Amnon a descobrir uma maneira de estuprar a própria irmã! Além de levar Amnon a humilhar e odiar a moça inocente e a magoar profundamente o seu pai (2 Samuel 13:4-21), o conselho de Jonadabe levou, afinal, à morte do próprio Amnon (2 Samuel 13:22-36). Jonadabe até teve coragem de tentar confortar Davi depois da morte de Amnon! Que amigo!

Roboão e seus colegas. Roboão, neto de Davi, se tornou rei depois da morte de Salomão. No início do seu reinado, ele procurou conselho de várias pessoas antes de tomar uma decisão importantíssima. Ele valorizou a amizade com seus colegas acima da sabedoria dos homens mais velhos e experientes (1 Reis 12:7-11). A "ajuda" destes amigos contribuiu para a divisão do reino e diminuiu muito a influência de Roboão. Nossos amigos podem falar coisas que nos agradam, mas devemos dar ouvidos à sabedoria de pessoas mais sábias!

O que aprendemos?

De tudo que a Bíblia fala sobre amizades, devemos aproveitar algumas lições importantes. Entre elas:

ΠEscolher cuidadosamente os nossos amigos, evitando amizades que nos levariam ao pecado.

 Valorizar amigos que nos corrigem quando erramos.

Ž Cortar amizades que prejudicam a nossa vida espiritual, especialmente quando os "amigos" incentivam o pecado e participação em religiões falsas.

 Ser amigos fiéis e de confiança, especialmente nos momentos difíceis quando os amigos mais precisam de nós.

 Sempre manter nossa relação com Deus acima de qualquer amizade humana, confessando a nossa fé no meio de uma geração perversa.

Quando se trata de amizade, devemos valorizar qualidade, e não quantidade: "O homem que tem muitos amigos sai perdendo, mas há amigo mais chegado do que um irmão" (Provérbios 18:24)

terça-feira, 1 de junho de 2010

avivamento e caráter

O Senhor tem uma proposta de restauração. Enquanto o diabo tem um sistema de deformação. O sistema de deformação de satanás consiste no princípio da sanguessuga: “A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, dá. Há três coisas que não se fartam, sim, quatro que não dizem: Basta: A sepultura, a madre estéril, a terra que não se farta, e o fogo, que nunca diz: Basta”. ( Provérbios 30: 15 – 16)

Este princípio com que a pessoa só pense nela, só pense em tirar vantagem, só queira benefícios sem levar em consideração as implicações deles decorrentes. Nós temos convivido com pessoas de caráter deformado no decorrer de nossa história. Se fizermos um estudo da história humana, veremos que pessoas como Adholf Hitler e outros grandes “conquistores” possuíam características deformadas de caráter. Muitos deles usavam as mesmas como “molas propulsoras” para suas conquistas. A humanidade aprendeu a conviver com estas deformações com certa passividade.

Embora não concordasse com tais qualidades, permitia sua permanência porque, de alguma forma, se sentia beneficiada por elas. A Alemanha era uma nação “forte”. Tinha espírito de conquista. Soberania. Comia migalhas e achava que era tudo. Muitas vezes, a Igreja possui esta passividade, tendo líderes com caráter deformado.

O referencial da Igreja é Cristo. É compreensível que o mundo adote estes homens e os aceitem com certa normalidade, mas a Igreja tem um referencial elevado: Jesus Cristo. Ele deixou passos, ensinamentos, uma série de elementos e objetivos para direcionar a sua Igreja.

A Igreja foi projetada para ser uma comunidade terapêutica, com uma proposta radical e confrontante, uma proposta em que não se pode aceitar tais deformações, porque o parâmetro de caráter e liderança é Jesus. Um dos traços de deformação é a incapacidade de conviver no espaço delimitado por Deus.

A deformação vai entrando na Igreja e tornando-se aceitável em relação á, de obreiros etc. Começa a surgir uma troca nos princípios de Deus. A Igreja assume as bênçãos aparentes da vida dessas pessoas sem confrontar seu caráter. O querer a bênção é um sentimento legítimo, mas não devemos nos deixar embriagar por ele, a tal ponto que a bênção deturpe nosso sentido de interpretação, de análise e de coerência. Muitas vezes, nos deixamos embriagar por bênçãos e esse embebedamento cega-nos ao ponto de não vermos criteriosamente, na nossa vida e nas pessoas que nos cercam, alguma situação de deformação de caráter.

A igreja deve ser o referencial saudável da sociedade, porque tem a vida de Jesus. Ela não deve ser vendida por bênçãos ou por interesses políticos. Ela não deve ser vendida por bênçãos ou interesses políticos. Ela faz história quando é formada por homens de caráter inflexível, que não se dobram diante de homem algum, de interesses pessoais ou quaisquer coisas que comprometam os princípios que Jesus estabeleceu.
Muitos homens de Deus foram até o fim em suas convicções em Cristo, foram para prisões, foram espancados, mas mantiveram o testemunho de Jesus até o derradeiro dia de suas vidas. Foram marcados em seus corpos com dor, com sofrimento, isolamento e alguns até com a morte, mas foram fiéis. Não esqueceram da cruz em troca de favores, conforto ou benefícios. É de homens assim que a Igreja precisa. A Igreja deve ser o sal da terra. Ser composta de homens e mulheres de integridade que não se flexionam para os desejos carnais.

Trecho extraído do Livro Avivamento
Bispo Robson Rodovalho
Igreja Sara Nossa Terra